quarta-feira, 24 de março de 2010


A fonte

canta uma fonte baixinho
ao nascer da madrugada:
Quem quer a minha água fresca?
Quem quer botar-se ao caminho
com a sua cara lavada?


Diz a fonte ao fim da tarde
esperando algum vigilante:
Quem quer a minha água clara?
que de longe me chegara?


Chora a fonte ao meio dia
triste de se ver tão só:
Quem quer a minha água tão boa?
Quem vem escutar o segredo
que um sapinho me contou?


Lembra a fonte, em seu cuidado,
quando espreita a noite escura:
Quem quer a minha água leve?
Quem quer que a sede adormeça
num soninho descansado?

Maria Alberta Menéres

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